segunda-feira, 31 de março de 2008

A Teoria do Cogumelo

"A minha idéia, depois de tantas cabriolas, constituíra-se idéia fixa. Deus te livre, leitor, de uma idéia fixa; antes um argueiro, antes uma trave no olho. Vê o Cavour; foi a idéia fixa da unidade italiana que o matou. Verdade é que Bismarck não morreu; mas cumpre advertir que a natureza é uma grande caprichosa e a história uma eterna loureira. (...)
Viva pois a história, a volúvel história que dá para tudo; e, tomando à idéia fixa, direi que é ela a que faz os varões fortes e os doidos; a idéia móbil, vaga ou furta-cor é a que faz os Cláudios, — fórmula Suetônio."
Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis

Pois é, apesar dos longos anos que me separam da leitura desse livro, a passagem que mais me marcou foi a da "idéia fixa". Tanto me marcou que eu, dali em diante, passei a acreditar que morreria de idéia fixa, tal como Brás Cubas. Na verdade não seria apenas de uma, mas de muitas idéias fixas, pois quando eu dou para ter uma idéia...
A ultima delas foi "A Teoria do Cogumelo", a qual só lembro do nome, e não faço a menor idéia do conteúdo. O fato é que ela é fruto de uma viagem, daquelas boas, vide o nome, mas que não me permitiram explicar na hora, talvez com razão, e eu acabo por perder a tal "teoria do cogumelo".
A questão é que mesmo assim consegui irritar muita gente falando sobre o assunto, que nasceu já como idéia fixa. Só que dessa idéia fixa surgiu essa idéia aqui, ó, essa que você está lendo.
Mas o caso é o seguinte, já irritei muita gente com as minhas idéias... na verdade talvez não as ideias, mas as convicções. É por isso que eu tenho certeza que essa será a causa da minha morte. Perdi as contas de quantas vezes bati no mesmo ponto até tudo explodir de vez.
Vide desentendimentos na semana passada, que em partes, foi provocado por uma idéia fixa.
Pelo que me lembro, a teoria do cogumelo surgiu baseada, literalmente, em "Alice no país das maravilhas", mas só lembro disso. Talvez a função da teoria do cogumelo fosse exatamente essa, um remedio, o emplasto de Brás Cubas, só que esse cura, até idéia fixa.



sexta-feira, 28 de março de 2008

Muito tempo, inspiração e preguiça!

Pois é, as minhas idéias sobre o que escrever no blog estão surgindo que é uma beleza! O problema, ao que me parece, há uma correlação positiva entre inspiração e preguiça.
Preguiça do que? Acho que de tudo... até de pensar, aí fica difícil.
Mas difícil mesmo é chegar a conclusão que você nunca terá sossego dos pensamentos, e esse pensamento também cansa!
Minha vontade de escrever é muito grande, mas preciso descansar... essa vida Bohemia tá me matando! Não garanto melhorar semana que vem, afinal o final de semana promete (mesmo com esse horário que esta teimando em não passar).
Mas como "legislou" um físico, um grande problema é a inércia... mas qualquer outro dia escrevo sobre isso também.
No mais, um texto legal fica pra próxima.
Palavra de Giunness!

quinta-feira, 27 de março de 2008

Para que servem os guarda-chuvas?

Hoje eu planejava escrever sobre "a mutação das pessoas", mas influenciada pelo fenomeno natural do poeta, as Águas de Março, comecei a pensar que o guarda-chuva tem muitas funções, porém a que acreditamos ser a primeira é mera teoria.
Segue uma lista do que eu consegui reunir, aceito mais sugestões:

1- Concentrar uma quantidade razoável de água para te molhar com pingos maiores
2- Fazer você pagar mico quando venta (além do que, quando venta você se molha bastante)
3- Enroscar em todos os lugares possiveis, de pessoas a outros guarda-chuvas
4- Fazer a maior molhadeira nos recintos
5- Ocupar um espaço homerico atrapalhando a passagem para secar
5b- Ficar cheirando cachorro molhado dentro da bolsa
6- Se perder. Quem nunca perdeu um guarda-chuva?
7- Graças ao item a cima, uma fonte de renda para os camelôs, que brotam nas portas do metrô

8- Atrapalha nossa liberdade de querer ficar molhado! Não temos mais desculpas para correr na chuva

Acredito que existam muitas outras funções, mas a de "não se molhar" é com certeza a ultima da lista...

quarta-feira, 26 de março de 2008

Irish Car Bomb... BOOM!!!!!

Hoje não tinha como deixar de escrever meu fatídico acontecimento de ontem no bar.
Além de ter sido mais uma das minhas peripécias, contar sobre si é uma forma fácil de começar um blog.
Só para acrescentar me delicio nas crônicas do Mário Prata, que são as inusitadas situações vividas por ele. Inspirada nelas considero minha vida um livro de crônicas
Aqui vai a primeira delas...

Balcão do Pub, só pra variar... Nos últimos meses passo todas as minhas noites apreciando minha Guinness no balcão. Às vezes leio, mas ultimamente concentro-me no interessante exercício de observar as pessoas, ou apenas no estar lá.
Como de costume, desinspirada com o que ia jantar fui postergando o meu pedido. Nisso perco-me a observar um rapaz, o qual sabia ser amigo do meu xará (essa é outra, loooooonga historia). Mas sabia só de vista, e sabe-se la o porquê minha imaginação encasquetou que ele seria o irmão dele. Resolvi continuar a observação, e lógico que só lembrei de pedir mais Guinness.
Cedi ao terceiro pint, o que não seria problema se não fosse minha ideia de girico de pedir um shot de Jameson e transformar uma inocente cerveja, num Irish Car Bomb.
Mas pra mim não era o suficiente. Resolvi testar o que li sobre a "receita" original e coloquei Balleys. Quando a espuma começou a talhar eu já devia ter previsto: " não vai prestar", mas na pior das hipóteses, na minha crença, eu já estaria no conforto do lar.
Estaria...
Outra grande diversão é conversar com desconhecidos... eis que me aparece um desconhecido interessante, e começou a "filosofação". Nesse meio tempo pode-se imaginar que os efeitos da mistura começaram a se efetivarem pelo ser, gênio, que a bebeu.
Conclusão: catástrofe!
Lição: Não troque sua janta por um Irish.
Ponto positivo: conheci alguém legal (até o momento)
Dúvida: fará ele o que eu fiz? Farei eu o que me fizeram?

Não sei, mas passando a limpo, foi uma noite legal...

terça-feira, 25 de março de 2008

Na onda...

A única vez que me arrisquei a blogar foi quando fui para o Canadá, e mantinha a galera atualizada. O mais comédia é que o blog ainda existe!!!
Para os curiosos: http://www.giuemwinnipeg.weblogger.terra.com.br/index.htm
Depois dessa nunca mais me arrisquei nessa arte. O motivo? Nem eu sei.
Mas ultimamente 2 grandes amigos resolveram blogar suas ideias, e bem que eu gostei dessa idéa, já que ando com tempo de sobra na frente do computador. E impulsionada pela frase de um amigo (com o qual estou arrabiata, mas só se é amigo de verdade depois da primeira briga) "Você filosofa de mais", resolvi filosofar por essas bandas, e compartilhar com aqueles que também gostam de queimar os neurônios tentando entender o que não é para ser entendido.

Espero que gostem, tenho certeza que eu irei me divertir... afinal: "eu si divirto!"